Descontrole em apostas faz disparar afastamentos por vício em jogos no INSS

Imagem: Freepik

O aumento vertiginoso das apostas online no Brasil trouxe um efeito preocupante: o número de trabalhadores afastados por ludopatia, dependência patológica de jogos de azar, subiu mais de 2.300% em dois anos, segundo apuração do Intercept Brasil.


Entre junho de 2023 e abril de 2025, o INSS concedeu 276 auxílios-doença relacionados ao transtorno. A maioria dos afastados são homens jovens, de 18 a 39 anos, a faixa de maior força de trabalho, e parte deles tem filhos.


O que é ludopatia?

Trata-se de um vício em apostas que faz a pessoa perder o controle, mesmo enfrentando dívidas e problemas pessoais.


Quando o vício vai parar na Justiça?

Casos de ludopatia já chegaram aos tribunais trabalhistas. Um ex-gerente de banco, por exemplo, conseguiu estender o auxílio-doença na Justiça e tenta reverter uma demissão por justa causa. Outro caso envolve um servidor público que desviou R$ 1,5 milhão para apostas e também conseguiu afastamento.


Desafio para o INSS

Especialistas destacam que o sistema previdenciário não está preparado para avaliar esse tipo de afastamento. Não há protocolo de perícia específico nem reabilitação para dependentes de jogo. A recomendação é integrar políticas de saúde, assistência e previdência para enfrentar essa nova realidade antes que o impacto social e econômico piore ainda mais.


Martins Caspary Advogados 

Créditos: Patrícia Steffanello 

Assessoria de Comunicação | Life MKT 

Por Eric Rodrigues 4 de julho de 2025
Apesar de decisões do STF e do STJ que reconhecem o direito de averbar o trabalho rural feito na infância, muitos trabalhadores que começaram na lavoura ainda crianças continuam enfrentando dificuldades para ter esse tempo contado na aposentadoria.
Por Mariele Gross 4 de julho de 2025
Uma nova proposta aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara pretende corrigir uma injustiça histórica: garantir que mulheres que sempre trabalharam na roça não tenham a aposentadoria negada porque, em documentos, aparecem como “dona de casa”.